domingo, 30 de agosto de 2020

SER SACERDOTISA: DEVOÇÃO E SERVIÇO


Sempre senti que sou uma Sacerdotisa, apenas andei esquecida durante algum tempo...  Sendo uma Mulher de Serviço, sei que sou e serei a presença, emanação, movimento e visão da Deusa em tudo o que faço e fizer. E tem sido esse o trabalho mais intensivo que tenho realizado nestes últimos dois anos no sentido de me tornar uma portadora digna da Chama da Deusa e através de mim sentir que Ela se manifesta. Sei que sempre me irá pedir, ao nível do ser interno, um trabalho constante de verticalidade, aprimoramento e verdade... mas também foi e é graças a Ela que tenho aprendido que a perfeição acontece na presença consciente nos momentos em que me coloco ao Serviço Dela e dos demais.

Eu Sou a Deusa e sirvo-A:
Na minha beleza
Na minha sensualidade
Na minha amorosidade
Na minha capacidade empática
Na minha intuição
No meu dom de cura
Na minha capacidade de visão
Na minha profundidade
Na minha visceralidade
Na honesta inquietude de me questionar
De ir às minhas profundezas e abraçar os ciclos da vida-morte-vida
Na minha eterna ligação à Serpente que sempre me ensina que mudar de pele
faz parte do caminho
No meu olhar que se emociona na beleza da vida
No meu toque que traz conforto e paz
Por isso, aqui me apresento ao Serviço... Ao teu Serviço,
Amada Mãe de 10 mil faces e nomes
Que Te manifestas neste território sagrado de Cale que tanto amo...
Em gratidão, na união do meu sangue do meu coração e do meu ventre
Em gratidão pelas minhas Ancestrais que caminham à minha frente e que me
abriram os caminhos
Manifesto a minha vontade de servir-Te em todas as Tuas formas e manifestações até ao meu último fôlego
Serei a Tua manifestação e presença através do meu Ser e dos meus Sentidos, em prol de um bem maior e em resposta ao trato que temos juntas desde o primórdio dos tempos
Sou um veículo da Tua acção, Grande Mãe, Amada Deusa, através:
- do lugar que ocupo como mulher, irmã, mãe, amante, professora, curandeira, doula, guardiã
- do meu trabalho interno constante em função do meu equilíbrio e harmonia e de tudo e de todos que me rodeiam
- dos meus dons e intuição, pois são o meu canal até Ti
- das minhas palavras verbais e escritas, pois eu sei que elas carregam poder
- da realização de todos os rituais e medicina que Tu És em mim - da educação para o Amor a Ti e a Tudo o que manifesta na força do teu amor e poder
- da unificação dos complementos para que Tu Sejas em todos os Corações
Sagrados
Assim como sou a menina, a mulher, a rainha e a anciã
O meu corpo, o meu coração, a minha mente e espírito devoto-os à Tua
Manifestação, Amada Deusa
Sou as Tuas facetas
Medicinas
Amor
E Beleza
A Tua Terra é o meu espaço de criação de vida e a casa onde te honro e sirvo
Onde mudarei de pele as vezes que forem necessárias, não fosses tu, oh Serpente, o meu animal de poder.

Gratidão por me teres proporcionado e sustentado este espaço seguro e sagrado onde pude morrer e renascer todas as vezes necessárias.
Honro-te muito e ao teu caminho... a tua coragem e a tua visão.
Sou grata por nos termos encontrado e a Mãe nos ter unido.

 Em profunda gratidão

Isabel Angélica / Isss Ha
Ribamar (Arriba do Mar) da Ericeira a 15 de Julho de 2020

sábado, 29 de agosto de 2020

Ser Sacerdotisa - uma busca pela alma


           
🌺    O que significa para mim ser uma Sacerdotisa da Deusa? 🌸

Significa encontro comigo mesma, salvação, felicidade.
Significa a descoberta que é o caminho que quero seguir, porque faz transbordar de mim o que eu sou, a minha essência.
Significa eu na busca da minha alma.
Significa conexão porque a Deusa vive em mim e eu vivo nela. Ela fala comigo e eu falo com ela.
Significa eu ser um guia espiritual.
Significa eu ser um Portal de Cura.

             Eu quero ajudar a curar o Mundo. A dar, a melhorar a vida de tod@s. Porque tod@s precisamos de cura e do culto da Deusa. O amor pela terra, a honrar a terra, a espiritualidade da terra.

Significa eu fazer orações, belas cerimónias, cantando, benzendo e apoiar todas as mulheres, crianças, doentes, a minha família e todos que precisem de ajuda.
Significa proteger todos os animais e aves, fontes naturais, toda a natureza sagrada, apoiando a natureza e o seu cultivo saudável.
Significa estar junta “com o fio dourado” a este grupo maravilhoso de mulheres da formação de Sacerdotisas com a Sacerdotisa Luiza e com elas seguir caminhada 💓
Significa elevar o culto da Deusa antiga neste território a mostrar o Jardim das Hespérides.
Significa uma grande honra e responsabilidade que me comprometo a seguir com coragem e humildade.
Significa trazer comigo a Deusa no meu coração e ser uma Serva da Deusa, Servindo com muita fé e alegria.
Significa ter empatia e doçura.
Significa eu ser uma arquitecta do belo.
Significa eu ser a Deusa em acção, celebrando a Roda do Ano dando a conhecê-la.
Significa ter devoção á Deusa e estar ao seu serviço, ser a sua mão, ser veículo para a sua manifestação do divino.
Significa eu ser defensora e solidária com as mulheres e não deixar mais que o patriarcado tome conta e faça as mulheres serem submissas e lutar por uma nova ordem de cooperação e amor. De liberdade da Mulher e do seu respeito e valor.
Com a benção da Deusa e com muito Amor

Célia Reis (Sacerdotisa da Deusa do Jardim das Hespérides em formação, fará a sua dedicação à Deusa em Setembro de 2020)

Agosto de 2020 

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Ser Sacerdotisa Da Deusa do Jardim das Hespérides



Ser Sacerdotisa.... foi um desejo que verbalizei em Glastonbury, em 2018, como se fosse intangível, mas no meu coração já estava gravado há muitos anos e muitas vidas.

Já tinha iniciado a minha caminhada espiritual há alguns bons anos e sempre desejava desenvolver cada vez mais o sagrado feminino, procurando neste sentido me curar. Procurava constantemente na minha linhagem a minha voz, a minha expressão como mulher de várias formas e pouco a pouco sentia que o fazia e o que tocava e concretizava com a pintura, o desenho, os diversos artesanatos e nas relações laborais do meu quotidiano demonstrava um pouco disso.

Nesse Agosto de 2018, a minha vida mudou quando na viagem a Glastonbury fiz o meu mergulho da gruta sagrada, com as águas mais geladas que já alguma vez me molhei, ao ponto que com o frio o meu corpo deixava de sentir e quando vinha ao de cima, as três vezes, senti o meu renascimento, a minha passagem, o meu renascer de novo.

Nesse mesmo dia participei na procissão da Conferência da Deusa e enquanto via a procissão a aproximar-se com todas aquelas mulheres a tocar tambor, vestidas cheias de cores e a cantar com toda a sua força o meu corpo estremeceu e os meus olhos encheram-se de lágrimas e eu senti que havia uma bolha protegida no meu peito, num cantinho secreto, que rebentou nesse momento e não havia volta. No percurso da procissão, enquanto subíamos, eu segui a música, a magia, as mulheres, a tribo e não me lembro de ver ninguém à minha volta, como se estivesse a viver um momento já vivido e não com aquelas pessoas. No local, as sacerdotisas fizeram a roda e posicionaram-se nos seus lugares para invocarem todas as Deusas, direções e elementos... nesse momento uma sacerdotisa chama-me e pede-me auxílio para eu segurar o seu estantarte e ficar na roda até ao fim... ai fiquei... petrificada.... senti que enraizei de tal forma que sentia a energia da terra, da sua concretização e do seu chamamento... senti a energia dos elementos, das deusas de avalon e das suas morganas com tanta força e energia que as imagens que passavam na minha visão eram confirmações que estavam a acontecer, mas de outras épocas... este é o meu lugar, um lugar na roda, um lugar onde possa invocar com o coração, onde possa invocar os elementos aos quais estou ligada, onde possa ser eu, com todo o meu poder pessoal e com toda a minha força, eu uma mulher da Deusa.

Quando cheguei a Portugal, a Deusa, através de uma grande amiga, coloca-me a Luiza Frazão no meu caminho, que maravilhoso ter a oportunidade de descobrir os mistérios, a magia e a energia da Deusa no meu território, assim inscrevi-me no Curso de Sacerdotisas do Jardim das Hespérides.

Neste momento, estou mesmo a acabar a Segunda Espiral e ficarei Sacerdotisa do Jardim das Hespérides e sempre que encaixo esta ideia o meu abdoman fica tenso e o meu coração dispara.

Ser Sacerdotisa é tanto e muito mais .... do que aquilo que neste momento eu espero.

Ser Sacerdotisa é estar conectada com a natureza a todo o momento, é sentir a linguagem dos animais, a vibração da terra, o movimento do mar e das águas profundas e superficiais, o cantar do vento, o tremor das rochas e o calor do fogo interno.

Ser Sacerdotisa é confiar, é desapego, é abundância, é concretização, é renovar a pele sem medos, é quebrar máscaras, é curar feridas profundas, é descobrir a nossa verdadeira linhagem, ter orgulho da nossa ancestralidade e honrar todos os ensinamentos antigos. 

Ser sacerdotisa é ser feliz na companhia da Deusa, é dançar, é cantar, é meditar, é silenciar e ouvir sempre a voz do nosso coração.

Ser Sacerdotisa é ter os sentidos no seu esponencial máximo para assim ver, sentir, ouvir, cheirar, intuir e saborear sempre muito mais além.

Ser Sacerdotisa é mostrar ao mundo a voz feminina, o sagrado e o centro da criação. É fazer parte da regeneração mundial de pensamento e comportamentos femininos.

Ser Sacerdotisa é uma responsabilidade desempenhada com um amor profundo, um amor incondicional.

Ser Sacerdotisa é Ser Mulher em pleno com o seu sagrado.

Todos os dias eu peço força para caminhar neste trilho e nunca descarrilar.

Abençoada seja a Deusa

Cristina Grumete
(quase Sacerdotisa mas Irmã do Jardim das Hespérides)



  

terça-feira, 25 de agosto de 2020

Ser uma Sacerdotisa da Deusa Hoje


Ser Sacerdotisa do Jardim das Hespérides, é para mim:

Estar consciente a todo momento e em todo o lugar de que o poder, a força, a energia, e o infinito amor da Deusa estão em mim!

É estar segura e consciente de que Sou uma das representantes da Deusa em ação, e que toda minha palavra, exemplo, comportamento e ação são também um espelho Dela;

É saber que em qualquer lugar que seja necessário posso estender a mão a quem precisa, que a minha mão será a Mão da Deusa;

É sentir no meu coração a dor do mundo e emitir a vibração da Cura e do Amor em total conexão com o Espírito da Deusa;

É manter a humildade e hombridade em todo o momento sem que isso afete a minha integridade ou o meu valor pessoal;

É estar plena em mim, pois a Deusa me acompanha e me guia dando-me total segurança;

É poder benzer, abençoar, curar com a força da Deusa;

É ser presença que leva Amor onde há guerra, que leva conforto onde há mágoa, que leva alegria onde houver tristeza;

É saber usar a força e o poder da Mãe Terra e dos seus elementos Terra, água, Fogo e Ar;

É estar conectada com a energia das minhas irmãs de caminhada, sacerdotisas, e em conjunto promovermos eventos ou cerimónias para o bem de todos;

É adorar a Deusa, falar Dela e sobre Ela trazendo conhecimento Dela onde houver ignorância;

É não deixar mais que as regras do patriarcado e da imposição masculina se sobreponham ao poder da mulher, crianças ou mais desfavorecidos;

É lutar, de forma adequada, pela igualdade de direitos entre mulheres e homens e contribuir para o renascer de uma sociedade Gilânica ou de parceria;

É estar dotada de conhecimentos que permitam reeducar as crianças com novos valores e princípios baseados na justiça e na igualdade;

É Ser a Deusa em ação e levar o Templo do Jardim das Hespérides a todas e todos no nosso território e além-fronteiras!

Com muito Amor
Paula Kantaris*


sábado, 22 de agosto de 2020

A HONRA E A RESPONSABILIDADE DE SER UMA SACERDOTISA DA DEUSA


Sempre que ouço a palavra Sacerdotisa sinto borboletas no estômago, em primeiro lugar porque sinto que é uma responsabilidade tremenda e em segundo porque é uma honra ser representante da voz da Deusa na terra.

Tenho que fazer uma viagem na minha vida para conseguir sustentar este meu desejo e este meu propósito. Comecei a dançar aos 10 anos e desde a adolescência que senti o julgamento que esse meu hobby gerava perante a sociedade pois era catalogada como fútil e vaidosa porque era escandalosa e estava sempre a “chamar a atenção”, o tempo foi passando e esse hobby tornou-se mais sério ao ponto de querer fazer desse meu gosto profissão. Para tal decidi estudar mais profundamente Dança e aí percebo que a Dança é uma das manifestações do sagrado, um dos portais da Deusa na terra. Ao mesmo tempo que isso era mais presente em mim maior era a minha responsabilidade social, e fiz um compromisso comigo própria que quando terminasse o meu curso iria fazer chegar o meu conhecimento a todas as pessoas independentemente da classe social e da condição. A dança é uma manifestação artística, cultural, terapêutica, lúdica mas estava espartilhada por uma visão patriarcal de beleza, de códigos de comportamento e até mesmo de acesso a esta. Tenho muito orgulho em fazer parte de uma geração que desbravou caminho para uma aceitação cada vez maior desta prática milenar.

Há mais de 20 anos abracei a Dança Oriental porque atraiu-me a forma como as mulheres encontraram de contornar a religião para que essa tradição chegasse até aos nossos dias mantendo aceso o Sagrado Feminino. Numa viagem que fiz ao deserto do Sahara senti que tinha chegado a casa e essa sensação arrebatadora confirmou que o meu propósito é ser um portal de resgate dessa ancestralidade através da dança.

O pôr-do -sol nas dunas e o sentir que aquele fogo interno se cruzava como calor externo foi o mote para  procurar mais respostas na espiritualidade e como poderia ajudar ainda mais as pessoas que se cruzavam comigo diariamente. Continuei a aprofundar como resgatar o empoderamento das mulheres e como curar as feridas no feminino.

Em 2018 viajei até Glastonbury e a sensação que tive quando pisei aquele chão foi : “porque é que demorei tanto tempo a vir a casa?” e em Avalon concluí que tinha que passar por um conhecimento das raízes da Deusa mais profundo e quando regresso a Portugal lembrei-me de comprar o livro da Luiza Frazão “ A Deusa no jardim das Hespérides”. Levei-o de férias e em Dornes senti que tinha que saber muito mais sobre a Deusa em Portugal, soube que iria começar a 1ª Espiral do curso de Sacerdotisa do Jardim das Hespérides e resolvi iniciar.

Ao longo destes dois anos de curso o caminho foi feito com altos e baixos, como se tivesse entrado dentro do labirinto e sempre que achei que estava no centro e que já poderia fazer o caminho do regresso apercebia-me que ainda estava longe desse centro. Quanto mais dúvidas eu tinha acerca de mim e de como resolver as minhas fragilidades mais necessidade tive de estudar esses arquétipos. Todas as faces da Deusa em mim estão continuamente a interpelar-me para que cure em mim e ser um portal de cura para outras mulheres para que exista um maior equilíbrio. Gratidão por todos os ensinamentos e por abertura de véus.

Agosto de 2020

Ana Bergano (Sacerdotisa em formação, prestes a realizar a sua cerimónia de dedicação à Deusa)

APOIAR O TEMPLO - TORNAR-SE MATRONA OU PATRONO

  O Templo criado para honrar a Deusa do nosso território, que está sob a tutela da Associação Cultural Jardim das Hespérides, organizadora ...