terça-feira, 1 de setembro de 2020

SER UMA SACERDOTISA, o que isso significa no sentir duma irmã de caminho


Sagrado Feminino, Ser Mulher, Ser Filha Da Terra e Sua eterna aprendiz, Pagã, aquela que cultua a Terra Viva, honrando a Deusa... percorrendo o Jardim das Hespérides.

Já havia despertado para o Sagrado Feminino faz algum tempo, já há algum tempo que o Caminho da Deusa, se havia cruzado com o meu, o meu com o Dela, e na verdade percebi que sempre fez parte do meu caminho, visto que desde que o percorro com os pés da Alma, sinto ser um resgate que completa o meu pensar, sentir, agir, fazer... me leva à totalidade. Também já fazia algum tempo que intuitivamente seguia o calendário primordial, a Roda Do Ano, e tanto sentido fazia/faz para mim. Adorava trabalhar esta energia, ainda que primeiramente seguindo os sussurros da essência, e partilhá-la. Dava-me um prazer imenso dá-la a conhecer.

Até que um dia, mergulhada numa livraria, descubro o livro"A Deusa Do Jardim Das Hespérides"...
...e esta sublime viagem pelos meandros da Alma, da essência, da mente, corpo, coração... ao encontro Daquela Que É, Da Grande Mãe, Da Raiz... tornou-se ainda mais profunda.
A minha essência sussurrou-me o almejo de querer resgatar mais e mais a Sabedoria Ancestral, a Sabedoria da Mãe da Mãe da Mãe, das Magas, das Avós, das Luas, das Curandeiras, Ervideiras, Parteiras, Benzedeiras... das Sacerdotisas... das Mulheres que cultivavam o entendimento de cada parte de si, em harmonia com os ciclos da Natureza, em harmonia com A Deusa...
...surgiu a formação.
Adentrei neste Sagrado Templo, e logo se fizeram escutar os murmúrios de todas as Suas faces. Senti que estava no Sagrado Ventre da Mãe, e que Ela É Grande Mãe, A Primordial, Uma Só.
Senti, em nome da Deusa, vou-me tornar Sacerdotisa, vou estar ao Seu serviço. Trazer a Sua energia para o Planeta. Cumprir a missão que Ela tem para mim, trazer a humanidade, os seres de volta ao Seu Caminho, resgatar a energia da Mãe Primordial. Não servir humanos e egos, mas servir Aquela que É. Trabalhar a energia do regresso da Deusa ao nosso território, território de Cale. Servi-la e ser mãe e irmã de todas as Mulheres que vivem Nela. Em irmandade, em Amor pela Deusa, pela Fonte, pela Raiz, por todos os Seres. Dedicar-me à Terra Mãe, voltar à Raiz, protegê-La, dar a cara em Sua defesa, agir em prol da Sua preservação e de toda a Sua biodiversidade, de toda a Vida que Nela existe.
Assumindo o propósito de A amar, e A levar ao coração de cada irmã e irmão... passando saberes, aprendizagens, conhecimento às vindouras.
Sagrado Feminino, Ser Mulher, Ser Mulher Filha Da Terra e Sua eterna aprendiz, Pagã, aquela que cultua a Terra... honrando a Deusa... percorrendo o Jardim das Hespérides.
Amar a Terra, ser aprendiz dos Seus cheiros e sabores, das Suas cores e melodias, aprendiz dos Seus silêncios e folhas, luas, auroras, ervas... noites e dias, noites que parem dias... aprendiz das Suas faces e dos Seus sóis, aprendiz das raízes, troncos, flores que se deixam cair para o fruto vir... aprendiz das Suas estações, águas das fontes, rios debaixo dos rios, dos mares que contêm marés na imensidão oceânica... aprendiz das Suas faces, sementes de onde brotam flores, dos Seus mistérios e misteriosos caminhos... encantadores ciclos, e empoderadas montanhas que são corpo Sagrado por onde respeitosamente caminho com profunda gentileza no meu pequenino coração que bate em uníssono com O Dela... aprendiz das suas medicinas tão ancestrais alquímicas, curadoras... eterna aprendiz.
Durante tempos sem tempo, tempos que vão decorrendo, entregando-me a aprendizagens com outras inspiradoras Mulheres e ensinamentos da Vida.

Alimentando sempre o gerúndio visto que, na verdade, este trabalho vai crescendo a cada passo que dou, a cada caminho percorrido, a cada jornada da Vida... a cada descascar, a cada despir de velhas roupagens, a cada abandono de apegos e crenças limitantes.

Caminhando sempre na minha busca interior, nutrindo as minhas raízes no Seio da Terra Viva.
Seguir caminhando escutando a voz das Ancestrais, Benzedeiras, Ervideiras, Curandeiras, Parteiras... Magas Selvagens, Mulheres Despertas... que sussurram os seus saberes através de livros, testemunhos, círculos... Irmãs Mulheres inspiradoras.

Entregando-me ao Caminho da Grande Mãe, chegando à primeira Mãe... reverenciando a Terra Viva que nos/me acolhe e sustenta, sentindo-a com os pés descalços e entregue desde a Alma.
Seguir caminhando reconectando-me ao Feminino Divino Sagrado em mim, dando voz à intuição, curando-me.
Caminhando honrando todas as manifestações de Vida.
Acolhendo com Amor todas as faces da Deusa, e aprendendo a aceitar as minhas com Amor, Compaixão, Perdão, Generosidade, Gentileza.

Aprofundando sempre a consciência dos ciclos femininos, do fluxo criativo, da força, do verdadeiro potencial do Ser Mulher, indo até à verdadeira essência, à verdade que dita o coração, reconectando-me comigo mesma, e com a Mãe, libertando padrões, velhas roupagens, crenças limitantes, cultivando a compreensão de cada parte de mim até chegar à Mulher Selvagem, Virgem inteira em si/mim mesma.
Libertando-me da crítica para comigo, e para com outras Mulheres. Praticando a empatia, irmandade, sororidade.

Cultuando A Deusa, As Deusas, A Deusa em mim. Ela que é a Terra Mãe.
Empoderando-me cada vivência, sendo Curandeira de Mim, partilhando em Círculo Sagrado com Mulheres Irmãs, pois unidas somos força. A força da união, harmonia, cumplicidade, confiança, entrega e Amor entre nós, Mulheres. Unidas pelo que temos de mais belo, a nossa essência feminina, fomentando a Paz entre as Mulheres e todos os Seres, em equilíbrio... em círculos de partilha de emoções... as nossas mais profundas emoções, sem vergonha, medo, preconceito,... com Amor.
Indo em peregrinações do meu viver, dedicando-me ao conhecimento da Deusa... estudando, lendo, aprendendo, resgatando a Sabedoria Ancestral Feminina.

Despertar o Sagrado Feminino em nós, em mim, venerar a Deusa não é, nós Mulheres sermos melhores que os Homens, mas honrá-los como Irmãos... sentindo a profunda beleza deste equilíbrio.
Reverenciando a minha Mulher Selvagem, a Mulher Selvagem de cada Mulher, revendo-me noutras Mulheres, resgatando memórias, honrando a Ancestralidade. Amando-me mais a cada dia.
Morrendo-me, compostando-me, semeando-me, renascendo-me... sendo cíclica como Ela, em profundo respeito por Ela.

Eu Sou Malirah-El, aquela que abre os Caminhos Verdes dos Bosques, a Guardiã dos Bosques.

Sofi´lha Da Terra









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